p a l a v r a s - p a r a - p i n g e n t e s
.
.

28 de fevereiro de 2009

Um amigo mais

.
Margarida 27/02/09

.

Acabam as aulas. Começou o Verão.
Três meses de férias. Vai ser um festão.
Toca a fazer malas, vamos já partir.
Estamos mortinhos por daqui sair.

A casa da avó que fica na serra.
Bonitos os montes lá daquela terra.
Para lá vai o Vasco, leva a sua irmã.
Telefonou-me hoje, partem amanhã.

A Sara e o primo vão para o Alentejo.
Na quinta de um tio onde passa o Tejo.
A Rita e o Pedro vão para o Funchal.
Vão de avião, mas estão em Portugal.

Cada um de nós parte por uns tempos.
Na praia, no campo... nascem novos momentos.
As férias foram grandes, chegaram ao fim.
Para o ano há mais, não se esqueçam de mim!
.
.

26 de fevereiro de 2009

O quarto da Mãe

.
.
Vou mostrar-vos o meu quarto!
Desenhos por todo o lado.
Penduro-os nas paredes,
para o ter embelezado.

Cá em casa há tantos lápis
e somos todos pintores!
Basta encontrar uma folha
e nela aparecem flores.

Cada um com seu estilo,
gostamos de desenhar.
Há dias em que fazemos
belos desenhos a par.

E a mãe guarda as pinturas
ou pendura-as pela casa.
Quando vemos as antigas,
quase sempre achamos graça.


.

24 de fevereiro de 2009

Alguém leva a mal?

.


............................. Margarida 14/02/09


Vem aí o Carnaval,
fantasias e caretas.
Não se leva nada a mal!
Fatos feitos de jornal
ou barulhos de cornetas.

Esta máscara desenhada
é para esconder a cara.
Olhem bem pois tem piada!
Com tantas riscas pintada,
ficou mesmo uma tara.

E quem está por trás dela,
escondida no papel?
Quem pintou máscara tão bela,
com os meus lápis de aguarela,
sem ter usado pincel?

Fez uma cara de gata
com as orelhas para cima.
Esta gata é uma acrobata.
A máscara ficou barata.
E toda a gente se anima.

Miau, miau... diz dengosa,
rastejando pelo chão.
Lá vem a gata gulosa
a ronronar amorosa,
vem comer na minha mão.

Tanto mimo, bichaninha!
Que queres tu que eu te dê?
Um mimo na cabecinha,
uma asa de galinha,
Toma lá, que ninguém vê!

Não gostas do Carnaval?
Eu sei... foi tudo a brincar.
É uma festa anual,
assim tipo festival.
Não tens que te mascarar.

Goza... atira confetis,
desenrola as serpentinas.
Foi também o que eu fiz
quando era ainda petiz.
Faz o que tu imaginas.

Sei que não queres ser bichito
e princesa muito menos.
Não queres fazer carrapito
nem que seja um bocadito.
Só te importam os acenos!

Então brinca como queres.
Salta, pula... faz o pino!
Tudo o que tu sonhares
e um dia alcançares,
há-de ser com algum tino.


.

22 de fevereiro de 2009

Adivinhem onde eu estou!

.
......... Margarida 11/02/09 (este é desenho que agora aparece completo)



Vejam só esta família,
tão felizes que nós somos!
Temos casa com mobília
e hoje ao parque nós fomos.

Vimos árvores engraçadas,
com troncos muito pujantes.
Borboletas animadas
e umas folhas dançantes.

E vejam lá onde eu estou!
Escondi-me dos meus manos.
Voltei para quem me gerou,
andei para trás uns anos!

Eh, eh, eh que brincadeira,
onde eu me desenhei!
Lá estou eu toda lampeira,
para barriga voltei!

Conseguem ver-me por dentro,
do vestido da mamã?
Eu tenho braços e pernas,
já não pareço uma rã.

Até fiz a Mãe gordinha,
para melhor eu caber.
Mesmo sendo pequenina,
sou maior que ao nascer.

Quando faço de bebé,
o que é apenas a fingir!
Nunca mexo o meu pé,
faço de conta, a dormir.

É sempre bem divertido,
meter-me no seu pijama.
A Mãe fica em sentido
e vou com ela para a cama.

Eu é que disse afinal,
onde me fui esconder.
Na barriguinha, que tal,
alguém me conseguiu ver?


.

20 de fevereiro de 2009

.




Quando te olho e tu dormindo
de olhos fechados, tão serena.
Boca como botão de açucena,
a olhar para mim quase sorrindo.

O teu belo rosto, tão criança
pele macia, de anjo menina.
Agarras a vida com esperança,
enquanto danças, doce bailarina.

Delicio-me a ver-te adormecida
Assim passaria o dia enternecida
no teu silêncio de fadas e duendes.

O meu coração que por ti vela
adoça-se nesta imagem bela
de ser a mãe de quem descendes.



.

18 de fevereiro de 2009

Amigos diferentes, amigos iguais.

.

......................................... Margarida 14/02/09


Era uma vez dois amigos,
um camelo e um leão.
Encontraram a girafa
com muito bom coração.

Bom dia - disse com gosto.
Que fazem por estas bandas?
Andamos a passear!
As tuas pernas são andas?!

Ah ah ah - riu-se a girafa!
Eu tenho as pernas compridas,
mas não são andas de pau,
são para grandes corridas.

E que tens tu nas costas?
Vai nascer o teu bebé?
Nunca vi assim barriga,
parece uma chaminé!

O camelo, de zangado
das risadas da girafa,
disse-lhe que o seu pescoço
mais parecia uma garrafa.

A girafa riu de novo.
Percebeu que errada estava.
Que a barriga do camelo
era a bossa que envergava.

Desculpa lá, ó amigo
eu não te queria ofender.
Quando olhei parecia mesmo
uma barriga a crescer.

Logo viu despenteado,
o leão de juba preta.
Que gira essa cabeleira,
mas que bela silhueta.

O leão, na sua calma,
respondeu-lhe com o seu jeito.
Ó girafa minha amiga
é com ela que me enfeito.

Aproxima os teus olhitos,
desta minha silhueta.
Toca neste meus pelitos
e vais ver que és cegueta.

Os três amigos poetas,
riram todos a bom rir.
Afinal tantas diferenças,
são boas para aplaudir.

Um tem bossa e é camelo,
outro juba e é leão.
Patas altas a girafa
e um pescoço compridão.

Agora imaginem lá,
se a outros se juntarem.
A festa que não será,
quando todos se olharem.

É salutar a diferença.
Na forma, tamanho e cor.
Eu sou grande, tu pequeno
o que importa é o amor!


.

16 de fevereiro de 2009

Hip hip, hurra!

.
................................... Margarida 13 e 15/02/09



Hoje o dia é de festa!
Vou fazer um bolito,
pôr flores numa cesta
e portar-me benzito.

É a avó que festeja,
muitos, muitos anos!
O que é que ela deseja?
Tudo menos bichanos!

Vou dar-lhe um computador
para ela escrever coisas.
Enviar cartas de amor
e fazer muitas pesquisas.

Ai, que o bolo dá trabalho
mas está a ficar bonito!
Cuidado se escangalho
este bolo pequenito!

Pintei-o de chocolate
com bolinhas coloridas.
Não há perigo que achate
pois não tem claras batidas.

É um bolo de papel,
não precisa de ir ao forno.
Pintado com o pincel
sem perder o seu contorno.

Aqui está, Avó querida,
o meu desenho para ti!
Sou a neta Margarida
e este bolo colori.

No ano que vem já faço
um bolinho de verdade.
Com a minha Mãe o cozo,
no forno da amizade.

.


Um grande beijinho de parabéns, Avó!

.

14 de fevereiro de 2009

Notícia de última hora!

.

.......................................................... Margarida 12/02/09

Estávamos em Fevereiro
do ano dois mil e nove.
O dia não é certeiro
mas não era dezanove.

Pois no dia que não sei,
chegou a casa feliz.
Logo eu me alegrei
com a minha filha petiz.

Já sei andar sem rodinhas,
era a notícia do dia.
Fiz-lhe eu tantas festinhas
ao ver tamanha alegria.

Foi tudo por conta própria
no recreio lá da escola.
A pequenita sorria,
deixou de jogar à bola.

E agora bicicleta
para andar aos Domingos?!
Pedalar em linha recta
se não for dia de pingos.

Eu já estou a ver a festa
e a grande excitação.
Vamos proteger a testa
para não haver confusão.

Não quero ver acidentes
e meninas a chorar.
Agora com novos dentes
não podemos arriscar.

Prepara-te minha linda,
amanhã vai fazer Sol!
Na foz tu serás bem-vinda
mas levas o teu cachecol.


.

12 de fevereiro de 2009

Neste meu poema

.

.................................... Margarida 11/02/09 (parte do desenho)


Neste meu poema,
vou querer um jardim
repleto de flores
aromas sem fim

Neste meu poema,
vou querer um castelo
com uma torre alta
sítio muito belo

Neste meu poema
vou querer um rio
para me aquecer
quando tenho frio

Neste meu poema
vou querer um veleiro
para me levar
pelo mundo inteiro

Neste meu poema
vou querer a paz
e todo o amor
que a ternura faz

Neste meu poema
vou querer sonhar
olhar para o céu
e poder voar

Neste meu poema
vou querer uma estrela
branca e luzidia
encanto-me a vê-la

Neste meu poema
vou querer animais
da terra, da água
e de outros locais

Neste meu poema
também quero o mar
ele que nos une
e vou abraçar

E neste poema
quero-te a ti
olha nos meus olhos
e vá lá... sorri!
.
.
.

Ontem cheguei a casa bastante tarde. Encontrei a minha filhota a dormir no sofá, enroscada numa manta. No local onde habitualmente trabalho tinha-me deixado um desenho. Pareceu adivinhar de onde eu vinha e o mimo soube-me "pela vida". Mostro apenas parte (o sorriso), pois o desenho completo tem já um outro tema a explorar.

.
.

10 de fevereiro de 2009

Dona Aranha e sua teia

.


................................................... Margarida Fev/09


Dona Aranha fez a teia,
esqueceu-se do telhado.
É uma bonita renda,
de um só fio entrelaçado.

Muito trabalha a senhora!
Tece o fio que produz.
A teia fica invisível,
quando não lhe bate a luz.
.
Muito leve e transparente,
para que ninguém a veja.
É assim que ela apanha,
a comida que deseja.

Não julguem que ela é má!
Tem mesmo que o fazer.
Apanha alguns bichitos,
senão não tem que comer.

E depois há os filhotes,
que tem que alimentar.
Boa mãe é esta aranha
e seus filhos quer mimar.

Tem umas patinhas finas,
para não colar na teia.
Esconde-se num cantinho
e espera a sua ceia.

Fez longos metros de seda.
Trabalhou a noite inteira.
Pois agora bem merece
descansar desta canseira.


8 de fevereiro de 2009

Quero o meu beijo de volta!

.

...................................................................................... Margarida Jan/09
.

- Bom dia fofinha!
- Dormiu bem a menina?!
- Vou dar-te um beijito, estás tão coradinha!
.
- Hum... que acordar mal disposto!
- Olha a rabungenta.
- Limpou o meu beijo, dado tanto a gosto.
.
- Eu nem acredito, no que agora vi!
- Virou-se para o lado
- E nem me sorri!
.
- Eu quero o meu beijo
- Dá-mo cá de volta!
- Diz-me onde está ele, que eu não o vejo.
.
- Quero dar-te aquele
- Que da cara limpaste
- Que coisa tão feia, coitadito dele!
.
- O beijo está aqui
- Tão triste contigo
- Chora na almofada mas gosta de ti!
.
- Anda cá beijinho!
- Volta para mim
- Toca os meus lábios, para te dar carinho.
.
- Vamos começar!
- Dou-te o mesmo beijo
- Bom dia, menina... aceita o meu beijo, não é para limpar!



.

4 de fevereiro de 2009

Vem procurar-me!

.
Oiço a porta abrir.
Viva! O pai chegou!
Eu fui esconder-me,
ele não me encontrou!

Anda procurar-me!
- gritei eu da sala.
Eu não estou em casa,
fiquei na escola.

Fico tão contente
se ele não me encontra.
Quando entra na sala,
vê a minha sacola.

Então o que é isto,
se ela não está cá?
Como foi a sacola,
parar acolá?

A mãe não responde,
com vontade de rir.
Pisca-me o olho
e sempre a sorrir.

É bem divertido
vê-lo procurar.
Espreita em todo o lado
até me encontrar.

E eu escondida,
começo a miar.
Anda aqui um gato,
ou alguém está a chorar?

Uma gargalhada
não consigo conter.
O meu pai descobre-me,
já me pode ver!

Afinal estás aqui,
e não na escolinha!
Salta para o meu colo,
sua marotinha!

Dá cá um abraço
e uma beijoca.
O pai tem saudades
dessa cara laroca.



dedico estes versinhos a todos os pais

.

2 de fevereiro de 2009

.

Quadras de encomenda,
foram passear.
Quem as quiser ler
basta clicar.

http://helenapaixao-estoriasbicharada.blogspot.com/

A Lena é uma amiga
que tem olho mágico.
Fotos de bichitos
num lugar fantástico.

Vamos, toca a ver!
Eu não me assustei,
pois aquelas rimas
fui eu que lhas dei.


.