p a l a v r a s - p a r a - p i n g e n t e s
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30 de março de 2009

Esta noite sonhei com um Elfo

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......................... Margarida Mar/09 *


Alguém sabe o que é um Elfo?
Que no meu sonho fazia?
Não sei bem explicar,
pois pareceu-me uma magia.

Pois um Elfo é ser mágico,
alto, loiro e muito belo
que sabe fazer poemas
e tem longo o cabelo.

Vive pelas florestas
nos filmes e nas histórias.
Criaturas muito espertas,
querem momentos de glórias.

Transformam-se em borboletas
e têm muito poder.
Esta noite tive um sonho.
Veio um Elfo para me ver!

Levou-me num longo vôo,
ao seu reino fascinante.
Não havia sol nem lua
mas era tudo hilariante.

No reino da fantasia,
de orelhas pontiagudas,
vive o meu Elfo de sonho
sem ter roupas farfalhudas.




* O exterior do desenho foi limpo no photoshop

26 de março de 2009

A Margarida e o lobo

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Margarida Jan/09 *




Desde pequenita
deste bicho gostou
falava com ele
porque se encantou?

Todas as asneiras
que ela causava
o culpado era o lobo
que não descansava

O lobo é matreiro
e ela aproveita
qualquer seja a asneira
pelo lobo é feita

Nunca ninguém o viu
e a margarida isso faz
vê-lo fugir de casa
só ela é capaz

Riscou o caderno
de Inglês, do irmão
cortou uma foto
do Manel e do João

Abriu a garrafa
e o sumo bebeu
fugiu p'la janela
e um biscoito roeu

Foi o lobo, diz ela
fugiu por ali
eu vi-o a saltar
mas vai voltar aqui

Ele é meu amigo
só eu é que o vejo
diz a Margarida
sem nenhum receio

Malvado do lobo
se o apanho zango-me
ele que apareça
que lhe dou um banho

O lobo não gosta
de banho tomar
diz a Margarida
para me arreliar

Quero eu ir ao banho
que o lobo não vem
tem medo da água
do sabão também

Ela é uma traquina
quando fica sózinha
deita a água para o chão
e quem foi, adivinha?

Margarida! És feia
molhaste o chão todo
e ela encolhe os ombros
não fui eu, foi o lobo!


Uso pela primeira vez neste blog um poema do livro "faz de conta...és poeta!"
* Fui ler alguns poemas aos meninos da sala dos 5 anos (sala dos grandes) na escola da Margarida. Depois da leitura a professora Paula pediu-lhes para ilustrarem, à sua maneira, uma das poesia. Aqui fica a ilustração da Margarida para o poema "A Margarida e o lobo".
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23 de março de 2009

Lenga-lenga para uma aranha II

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Margarida 22/Mar/09 *



Tece a teia na aldeia
uma aranha muito feia.
Balanceia, papagueia
e come papas de aveia.
Na areia se bronzeia
até ser hora da ceia.
Quando vê a lua cheia
ela passeia à boleia.
Se pensa comer geleia
toda ela se maneia.
Esta aranha muito feia
que vive na nossa aldeia
quase nunca se penteia.
Seria uma boa ideia
ir visitar a colmeia
e de abelhas a ver cheia.
Mas não sai da sua teia
e se falo ela rabeia
e as patas esperneia.
Na aldeia tece a teia
uma aranha muito feia.
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* Esta aranha estava difícil de aparecer.
O que eu pedinchei para ter uma aranha muito feia!
Lá fui eu buscar os meus ricos lápis de aguarela... ai os bicos!
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20 de março de 2009

Lenga-lenga para uma aranha I

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Margarida fev/09 *
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Bela aranha vem de Espanha,
amarela e não castanha.
Uma teia emaranha,
no meio daquela lenha.
Sopra o vento na montanha
e mais a aranha se empenha.
Vem de Espanha a bela aranha
e uma teia desenha.
Uma mosca logo apanha
que parece um pouco estranha.
O bicho se emaranha,
na bela teia da aranha.
Agora que se amanha
já não quer voltar a Espanha.
Fica cá a bela aranha
mais ninguém lá a apanha.





* a Margarida diz que as aranhas não são amarelas... e pronto, não há volta a dar-lhe!


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8 de março de 2009

Um primeiro soneto para ti

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Bastava-me ter uma só palavra
para ta oferecer como se fosse minha.
Na busca daquele beijo que acarinha
vivo eu, enquanto nosso amor se lavra.
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Ternura... é a que me sai dos lábios,
dos olhos, mãos e me molda os sentidos.
Encontramo-la nos abraços prometidos
e naqueles nossos beijos sábios.
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Inocente e ternurento o teu amor
por mim que fui o ramo, tu és a flor.
Botão silvestre de mui rara beleza.
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Flor tão menina e tão segura,
Entregas-me o teu olhar com a candura
de teres em mim a tua fortaleza.
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6 de março de 2009

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Obrigada, Helena!
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Quando a amizade resulta
num trabalho a 4 mãos
cada um traz sua multa
e fazemos um festão.
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Connosco tem sido assim
entre sorrisos e trocas
o que seria de mim
sem estas tuas beijocas
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Como gosto de o fazer
não podes imaginar
porque para mim escrever
é tão bom como sonhar
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As tuas fotos são belas
bicharocos de encantar
nada de esmagadelas
mil vezes fotografar
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4 de março de 2009

Lenga-lenga para a Margarida

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Olá minha querida,
doce Margarida!
Para onde é a ida,
toda florida?
E levas comida
nessa tua ida?
É doce a comida,
querida Margarida?
Ai que convencida
e comprometida
tu estás, Margarida!
Mas és uma querida
e nessa corrida
fazes uma ferida,
calma Margarida!
Aproveita a saída,
beijinho à despedida.
Vai lá divertida
e não distraída.


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2 de março de 2009

Asas para que vos quero?!

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Era uma vez uma melga
que conheceu um mosquito.
Ela chamava-se Helga
e ele era Joselito.

A Helga bem anafada.
Ele era pro magrito.
Queria ela ser beijada,
Só fugia o Joselito.

De uma melga a picada,
pode às vezes dar para o torto.
Além da roupa furada,
ainda acabava morto.

Joselito lá voava,
atento e bem longe dela.
A dita cuja cantava,
na busca da picadela.

A gorducha e atrevida,
seus beijos lhe atirava.
Ai agora a minha vida,
pobre mosquito pensava.

Como fujo desta praga
que aqui anda a rondar?
Se me beija, bem me esmaga.
Até sinto falta de ar!

Eis que lhe surge uma ideia.
É pequeno, mas finório!
Atrai-a a uma candeia
e da melga há um velório.


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