........... Margarida ...........FFev. 2009
Contam uma, contam duas,
até podem contar três.
Para que quero eu um príncipe,
imaginem-no chinês.
Quem me vai querer a mim
diz Maria com tristeza.
Para que quero eu um príncipe
se também não sou princesa.
Eu quero-o belo por dentro,
com ouro no coração.
Um marido muito querido
que me ajude e dê a mão.
E nisto a Bruxa Maria
dá um salto e volta a si.
Pois se tinha ela a magia
deixou de ser sapo e ri.
Já temos de novo a bruxa,
a que chamamos Maria.
Para ela arranjar marido,
nem qualquer um lhe servia.
Acontece por acaso
passar ali no momento,
um espantalho doirado
empurrado pelo vento.
Cara a cara com Maria,
que lhe escutou o coração,
ao ver que este não batia
quis usar o seu condão.
Como num toque de mágica
fez-se ouvir um pum-pum
e no peito do espantalho,
coração morava um.
De olhos arregalados,
olhou a Bruxa Maria.
Posso ficar nesta casa
e ser tua companhia?
O meu peito bate, bate,
fiquei tão apaixonado.
Te agradeço tal estado,
posso ficar a teu lado?
A esta pergunta doce,
a bruxinha respondeu:
Espantalho namorado,
quem agradece sou eu!
E assim ganhou-se um príncipe
e também uma princesa.
Pois a amizade é que conta,
nem tanto importa a riqueza.
No final do ano passado a educadora da Margarida lançou um desafio ao Pais. Escrever algo, partindo do conto de António Mota "A Bruxa Maria". Ora pois! Uma desafio à medida do meu pé... e esta foi a minha resposta. A Margarida adorou levar as rimas feitas pela mãe, que fizeram sucesso na sala. Mais tarde, pedi-lhe o desenho da bruxa Maria e aqui publico palavras e imagem. Espero que gostem!