p a l a v r a s - p a r a - p i n g e n t e s
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25 de junho de 2009

De um conto nasce um poema

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........... Margarida ...........FFev. 2009


Contam uma, contam duas,
até podem contar três.
Para que quero eu um príncipe,
imaginem-no chinês.

Quem me vai querer a mim
diz Maria com tristeza.
Para que quero eu um príncipe
se também não sou princesa.

Eu quero-o belo por dentro,
com ouro no coração.
Um marido muito querido
que me ajude e dê a mão.

E nisto a Bruxa Maria
dá um salto e volta a si.
Pois se tinha ela a magia
deixou de ser sapo e ri.

Já temos de novo a bruxa,
a que chamamos Maria.
Para ela arranjar marido,
nem qualquer um lhe servia.

Acontece por acaso
passar ali no momento,
um espantalho doirado
empurrado pelo vento.

Cara a cara com Maria,
que lhe escutou o coração,
ao ver que este não batia
quis usar o seu condão.

Como num toque de mágica
fez-se ouvir um pum-pum
e no peito do espantalho,
coração morava um.

De olhos arregalados,
olhou a Bruxa Maria.
Posso ficar nesta casa
e ser tua companhia?

O meu peito bate, bate,
fiquei tão apaixonado.
Te agradeço tal estado,
posso ficar a teu lado?

A esta pergunta doce,
a bruxinha respondeu:
Espantalho namorado,
quem agradece sou eu!

E assim ganhou-se um príncipe
e também uma princesa.
Pois a amizade é que conta,
nem tanto importa a riqueza.



No final do ano passado a educadora da Margarida lançou um desafio ao Pais. Escrever algo, partindo do conto de António Mota "A Bruxa Maria". Ora pois! Uma desafio à medida do meu pé... e esta foi a minha resposta. A Margarida adorou levar as rimas feitas pela mãe, que fizeram sucesso na sala. Mais tarde, pedi-lhe o desenho da bruxa Maria e aqui publico palavras e imagem. Espero que gostem!


21 de junho de 2009

Na cabeça está a morar?!

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..................................... Margarida Maio 2009


O Zéca veio da escola,
com um recado na cabeça.
Foi para a aula de viola,
esqueceu-se com certeza.

Não se lembrou do recado
e não o contou à mãe.
Mas um bichinho malvado,
fê-lo recordar-se bem.

Coçou-se atrás da orelha,
porque algo o incomodou.
Foi uma boa maneira,
do recado se lembrou!

Ó mãe.. eu tenho bichinhos!
Disse o Zéca a gritar.
A professora avisou,
que temos que os tirar.

E assim usou shampô
e um pente muito fino.
Eram muitos os bichitos,
ai que grande desatino.

Acontece algumas vezes.
Temos é que vigiar.
Se voltarem aos cabelos,
outra vez champô usar.

Quem conhece estes marotos
que só moram nos cabelos?
Não é vergonha nenhuma,
dizer se estamos a tê-los.

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13 de junho de 2009

Um cão?!

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............................................ ilustração do "faz de conta... és poeta!"


Meu querido Miguelito,
a verdade é mesmo essa,
tu tiveste um cavalito.
Saiu-te uma rica peça!

Quem disse que era um cão?
Só pode ter sido o avô!
Ele, grande capitão,
diz que o barco é um trenó!

Eu bem vi o teu cavalo,
a pastar lá por Serralves.
Era ele e mais um galo,
no meio de muitas aves.

Também havia uma rã,
muito amiga de um sapo.
Os dois comiam maçã,
limparam a boca a um trapo.

Quase todos os bichitos
foram dar uma voltinha.
Em casa dos pequenitos
dormem agora a sestinha.

Saudades deles já tenho,
mas foi tão bom eu vendê-los.
Cada um foi um desenho,
no livro ainda posso vê-los!


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5 de junho de 2009

Mãe, sou ainda tão pequena!


............................. Margarida 03/06/09


Sou ainda tão pequena
e já me caiu um dente.
Não fiquei nada serena,
pensei que estava doente.

Realmente é um pouco cedo
para os teus dentes caírem.
Mas tu não fiques com medo
espera até outros surgirem.

Já tenho uma cabecinha
braquinha a espreitar.
Dentro da minha boquinha
novo dente está a chegar.

Pois não é que é verdade!
Não ficarás desdentada.
Apesar da tenra idade
és senhora e apressada!

Disseram-me que uma fada
esta noite leva o dente
Se o deixar na almofada
troca-o por um presente

Sim! Parece que acontece,
alguém gostar de os levar.
Dizem que a fada aparece
quando estiveres a sonhar.



O dente caiu a 18.02.09 o desenho atrasou-se tanto
que todos os que entretanto caíram já foram substituídos.

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1 de junho de 2009

O nosso toque

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Dou-te as minhas mãos
porque sou mãe
e a tua pele tem o meu cheiro.
Dou-te o meu saber
se o quiseres tomar.
Sempre me terás perto de ti.
Dou-te tudo o que não seja de comprar,
que esteja nos meus olhos,
que esteja no meu sangue...
Dou-te o meu amor...
que é o melhor que posso dar
para que sejas feliz
e para que o nosso amor te ensine a amar.


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