p a l a v r a s - p a r a - p i n g e n t e s
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24 de maio de 2009

Uma relíquia

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Manuel Out. 2003

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O nascimento da Margarida estava previsto para o final de Setembro.
Como os irmãos, fez-se esperar 15 dias.
A ansiedade era grande. A expectativa, diária. Muito sofreram os rapazes... até porque o médico nos convenceu que, sendo o terceiro, nasceria provavelmente antes da data prevista... "estejam preparados lá para dia 20 de setembro". E nós estávamos... eheheh
Aqui vos deixo o desenho/redacção que o Manel fez depois de ver a gordinha irmã (3,530 kg).
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22 de maio de 2009

Tu, eles, nós, vós... e eu?

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.................................................. Margarida ?-2008

Eu quero esquecer
tu não vais mais lembrar
a noite passada
contigo a chorar

É verdade o que disse
amo-te a valer
só podes senti-lo
e devias saber

Há momentos tristes
em que as lágrimas nascem
dos olhos rebentam
e na mãos nos caem

Sempre te ofereci
o meu coração
o abraço sentido
e a minha mão

Dormi em sufoco
a ti me agarrei
olhei-te nos olhos
neles te beijei

Deste-me um sorriso
fiquei menos mal
meu amor amo-te
és-me especial

Aprende a torcer
a dar voz ao peito
porque o gostar canta-se
mesmo com o mal feito.


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À Margarida e também ao Gui e Manekas

Todos somos pelo menos um pouco teimosos, meus amores.
Todos temos vontade e até necessidade de fazer uma birra (de vez em quando).
Temos que aprender a saber pedir desculpa, a dar a mão e o abraço que tanto nos apetece e, por "orgulho", travamos.
Não se trata de ganhar ou não perder... trata-se de saber demonstrar afectos.
Também os Pais por vezes gostariam de chorar (e choram), apenas porque sentem vontade de o fazer!
O meu amor por vós é incondicional... mas não pode desculpar ou aceitar tudo! É maior que qualquer outro que tenha e nunca deixarei de o dizer na hora certa... e todas as horas são certas para isso.
Um dia entenderão que eu também sou um ser individual... como vocês são e eu tanto respeito!
Amo-vos muito!

Luísa

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19 de maio de 2009

Miguel, o pintainho de olhos de mel

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Há sete anos surgiste,
o teu dia acordou.
De uma casca saiste,
um ovinho partiste.
Tua Mãe te beijou.

Querido pintainho,
que dia diferente!
Saiste do ninho,
que belo presente,
deves estar contente!

Aproveita a festa,
dá saltos e canta.
Na tarde que resta
e que alguém encanta,
brinca e pinta a manta.

Hoje não termina,
mais surpresa vem!
Tanto te anima
e também te mima bem,
tua doce Mãe!

Meu querido Miguel
de meigos olhitos.
Um dia de mel
com os amiguitos.
Meus... muitos beijitos!



Muitos parabéns, Miguel e Mamã Ovinho!


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16 de maio de 2009

Quem é este?

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Margarida Março 2009

Apresento o meu Pai!
Nos olhos o trago.
Quis fazê-lo em recortes.
Quero o seu afago.

Já não tive tempo,
para o terminar.
Deixei-o sem perna,
tenho que a colar.

Sei que é sorridente.
Vejo-o assim!
Gosto muito dele
e ele de mim.

A Mãe achou graça
a este meu trabalho.
Aqui estão as rimas
com que me agasalho.

Falámos um pouco,
perguntou porquê.
Penso muitas vezes
se ele me vê!

A Mãe diz que sim,
que deve espreitar.
Se é estrela, não sei!
Não lhe posso tocar.



Naquele dia foi uma delícia encontrar o trabalho da Margarida e saber quem era. Fiz estas rimas para a colagem maravilhosa (recortes de papel branco colados sobre uma folha de craft). Uma engraçada forma humana que disse ser o Pai. No dia seguinte encontrei-o todo pintado de preto. Fiquei triste! Explicou-me que ainda não o tinha terminado e... Ofereceu-se imediatamente para fazer outro. Fê-lo a cores. Muito naturalmente, quis acompanhá-lo das palavras iniciais, que deixo para a Margarida.



Beijocas da "mamocas" (mudamos de nome com muita frequência).

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14 de maio de 2009

Vai acabar bem!

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....... Margarida 6 de Maio 2009


Anjinho da guarda
cuida do Miguel
um menino doce
com olhar de mel

Houve um pauzito,
seu olho espetou.
foi tão marotito
feio, lá ficou

Eu sei, bom anjinho
que tu estás alerta
cura o Miguelinho
na horinha certa

Ele é tão menino
ainda tem sete anos
Cuida o pequenino
sem lhe deixar danos.

Ele não se queixa
mas a pobre mãe
essa nunca o deixa
quer sabê-lo bem.

Seu olhito verde
cor de azeitona
em castanho se perde
raiado à tona

Anjinho encantado
és um bom amigo
o Miguel está curado
já não corre perigo.



Para o Miguel, com o nosso beijo
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12 de maio de 2009


....................... Margarida Abril 2009

Aquele gato dos bigodes
enroscou-se no meu cão.
Vê lá tu se lhe acodes,
eu não posso dar-lhe a mão.

Tens medo do meu gatito,
ele que a ninguém faz mal?
Tão meiguinho, coitadito...
Só quer brincar, é normal!

O meu cão é um traquinas.
Vão fazer um alvoroço
e com tantas pantomimas
atraso-me para o almoço.

Corta os bigodes ao gato,
o meu cão não pode mais.
Olha só o espalhafato,
muito riso, muitos ais!

Já se torce com as cócegas,
rebola-se pelo chão.
Eu não o quero piegas
mas maluco também não!

Pára lá gato tareco!
Enconde essa bigodaça.
O cachorro é malandreco
e contigo ele se engraça.
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7 de maio de 2009

A nossa viagem

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Margarida Abril 2009

Nós a duas num veleiro
fizemo-nos a alto mar.
Correremos o mundo inteiro
nas velas de um navegar.

Com o teu fresco sorriso,
tal qual a brisa que sopra,
rumamos no improviso
de um amor que não se compra.

Levanta a vela maruja,
partiremos à bolina!
Antes que a maré nos fuja,
carrega nessa buzina!

Assim será capitã,
a partida foi já dada!
Nós a duas sem titã
ou chegada anunciada.

Veleiro entrega-te ao vento!
Livre pássaro que voa,
leva-nos no teu alento
deixas as ondas à toa!

Que delícia esta viagem
em braços de minha mãe.
Tomara que esta aragem
te aconchegue a ti também

Chegaremos a bom porto,
recebidas por gaivotas.
Lembraremos o conforto
que havia nas ilhotas.
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E para sempre teremos
acessa no nosso olhar,
esta viagem que demos
juntas pelo imenso mar.


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5 de maio de 2009

De Margarida para Margarida

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Margarida Abril 2009


Sê bem vinda Margarida
a este pequeno mundo.
Imagino-te tão querida,
de olhar muito profundo.

Temos nome de flor,
lindas, livres pelos campos!
Aconchegam-nos de amor,
brilha como os pirilampos.
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Pérola somos, em Latim,
Margaridas em botão.
Vais gostar muito de mim,
gosto-te do coração.

Vou contar-te em poesia,
fica de recordação,
contei os dedos que havia
todos juntos numa mão.

E tu sabes que são cinco
os dedos de cada mão?
Este Maio era já lindo,
contigo há mais emoção.

Nasceste numa mão cheia,
cinco de Maio deste ano!
O Sol brilha e bamboleia
nos olhos de cada mano.
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É linda! diz o teu pai.
Mas isso eu já sabia.
Vê a onda que aqui vai,
de amizade e poesia.

Tão contente eu fiquei
quando soube da notícia.
Por ti também esperei...
quero dar-te esta carícia!

Um dia vamos brincar
pela praia de Moledo.
Fazer castelos nos ar,
correr entre o arvoredo.

Dar mergulhos pelas ondas
e rolarmos nas areias.
Eu espero que te escondas,
seremos duas sereias.

E amigas vamos ser,
Margarida pequenina.
Já te quero conhecer,
nasceu mais uma menina!

Fiz-te deitada de lado
como ficam os bebés.
Espero ser do teu agrado
o que te calcei nos pés.

Não sei se tu tens cabelo
e de que cor ele é.
Fi-lo em tom de amarelo
apenas por seres bebé.

O meu também era assim,
amarelo como oiro.
Agora é cor de capim,
rebelde e um pouco doido.

Vamos lá, toca a dormir
e a beber muito leite.
Eu desenhei-te a sorrir
pus no vestido um enfeite.

Teus olhos são pequeninos
mas depressa vão crescer.
Menina entre meninos,
como eu vais aprender.

Hei-de enviar-te a surpresa
que a minha mãe está a fazer.
Eu só não tenho a certeza
se amarela vai ser.

E quando tu leres um dia
a nossa dedicatória,
decerto que com magia
contas-nos tu uma história.




Um beijo, Margarida!
Margarida (outra) e Luísa

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À Margarida, filhota do Pedro Branco, dedicamos este pequeno momento com votos de muita saúde, felicidade e serenidade pela vida fora.
Beijos e parabéns para toda a família
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2 de maio de 2009

Mãe coelha

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............................... Margarida Abri 2009


Mãe coelha salta a corda
um filho de cada lado
Vejam que ela não engorda
pois come um só rebuçado

Todos saltam lá em casa
gostam de se exercitar
mas não há gente atrasada
na mesa para o jantar.

Comem o folar da Páscoa
e amêndoas das Francesas
Qualquer chocolate voa
e adoram framboesas

Depois de tanto saltar
vão fazer uma soneca
Tudo irá recomeçar
não lhes dá a camoeca

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